Umas das frases que já ouvi pronunciar, várias vezes, ao mestre, Ulisses Pereira, quando fala sobre a sua paixão pelos mercados, tem a ver com o facto de o dia de amanhã nunca ser igual ao de hoje e por isso estamos sempre de olho em saber qual vai ser a novidade, e claro sermos muitas vezes obrigados a alterar a nossa opinião. Escrevi esta frase para de certa forma introduzir a minha ligeira alteração quanto à formação de topo que está a ocorrer na Nvidia.
"Várias vezes já referi que a Nvídia a confirmar-se um segundo fecho abaixo dos 22.00 USD deixaria a acção numa situação técnica delicada e de muito provável visita ao suporte dos 19.00 USD. Já referei que ela laterizou cerca de 2 meses entre os 22.00 USD e os 26.00 USD, e nestas situações o que devemos fazer é estar atentos e ver para que lado quebra a cotação. Disse também, no meu último comentário, que, tudo indicava, que o rectângulo quebrasse mesmo para baixo, pois já tinha feito um fecho abaixo da zona de suporte dos 22.00 USD". Actualmente se verificarmos a Nvidia já é o terceiro fecho que faz abaixo da zona dos 22.00 USD e com o volume a aumentar substancialmente.
Ontem depois de uma análise, ainda mais aprofundada, e como estamos, na minha perspectiva, perante uma formação de inversão, cheguei à conclusão que será errado, do ponto de vista da análise técnica, continuar a falar em rectângulo. Perante os gráficos que hoje apresento teremos de deixar de falar em rectângulo e passar a falar em topo arredondado.
Porquê topo arredondado? Por duas razões. Em primeiro, pelo efectivo arredondamento do topo, conforme se pode verificar pela linha traçada a vermelho. Em segundo lugar, pelo volume. Nestes casos os picos de volume são feitos nas extremidades, e os valores mais elevados da acção são feitos com muito menos volume. Ou seja, temos em primeiro lugar uma subida com bastante volume. Segue-se o pico na cotação da acção onde o volume cai de forma significativa e depois temos a fase descendente da formação, com o volume a voltar a aumentar.
Tudo isto se pode verificar no gráfico de curto prazo da NVIDIA, (a única excepção é que a apresentação dos resultados no dia 17 de Fevereiro desvirtuou um pouco a figura, foi apenas um acidente de circunstância, que em nada altera a figura em causa). Perante este cenário, com a quebra efectiva dos 22.00 USD e o aumento significativo do volume na descida, estamos perante a 3.ª fase do topo arredondado.
Quanto a targets estas figuras não os apontam, mas temos duas linhas a ter em conta: o suporte dos 19.00 USD e a LTA que neste momento está nos 17.25 USD. Uma subida da cotação para valores acima dos 22.00 USD invalida toda esta reflexão.